Importância da Prova Discursiva
Praticamente
100 % dos concursos públicos são compostos por, no mínimo, Prova Objetiva e
Prova Discursiva.
Muita
gente foca muito o estudo na prova objetiva e deixam de lado a prova
discursiva, pois tendem a pensar: “Ah! Eu sei escrever”! Um grande equívoco...
O
resultado dessa estratégia nem sempre é positivo. Costumeiramente vemos pessoas
que estão entre as vagas saírem dessas posições por conta de nota baixa na
prova discursiva.
O
inverso também é verdadeiro. Muitos candidatos com notas medianas na prova
objetiva conseguem posições preciosas com uma pontuação boa na prova
discursiva.
Vou
citar 2 fatos reais que aconteceram comigo.
1- Prova
TST – Analista Judiciário: Ciências Contábeis – 2012 (FCC)
Foi um
cargo específico para contador. Para ser chamado era preciso ficar nas
primeiras colocações. Com a nota da prova objetiva, ficaria em 29º lugar.
Porém, havia me preparado bem para a prova discursiva e aprendido técnicas de
estruturação da redação. Resultado: tirei nota máxima na redação (100 pontos) e
fiquei em 2º Lugar.
2-
Prova TCU – Técnico de Controle Externo – 2012 (CESPE)
O
concurso tinha 22 vagas. Fiquei em 33º na prova objetiva. Com o resultado da
prova discursiva, subi para 26º. Não satisfeito, entrei com recurso conta o
resultado preliminar da prova discursiva e consegui ganhar 1,50 pontos. Resultado
final: Fui aprovado em 20º, dentro das vagas.
Nessa
prova do TCU, ainda destaco um fator importantíssimo: o recurso contra o
resultado preliminar da prova discursiva. Você viu que graças aos pontos que
ganhei no recurso, subi 3 posições e fui para dentro das vagas? E isso não é
difícil de acontecer. Na verdade acontecem muito, e na
maioria das vezes não são apenas 3 posições. Em alguns concursos o recurso pode
representar centenas de posições.
Para
você ter ideia de como o recurso pode ser importante, apresento o resultado de
um concurso recente: Tribunal de Justiça do Distrito Federal – TJDFT – 2015.
Na
tabela, eu filtrei apenas os candidatos que obtiveram ganho de pontos. Veja a
diferença nas colocações antes e depois do recurso:
Mostrei
apenas uma parte da tabela. Mas no total foram 380 candidatos (em um total de
1535) que ganharam pontos com os recursos.
Isso
acontece muito, pois a banca comete alguns equívocos na correção das provas
discursivas e apenas quem entra com recurso que tem a chance de rever esses
pontos perdidos.
Se
você não entra com recurso, além de não ter chance de melhorar a nota, pode
perder algumas posições preciosas.
Gosto
de um caso que também aconteceu comigo. Passei em 3º lugar no concurso de
Analista do Tribunal de Contas do Distrito Federal. O edital trazia 5 vagas
para o meu cargo. Pois bem, na hora da convocação, o órgão deu posse para
apenas 3 pessoas. O quarto colocado foi chamado apenas 6 meses depois! Em
termos monetários, considerando um salário de R$15 mil, a diferença do 3º para
o 4º colocado foi de R$90 mil reais! Uma grana boa né!?
Então
meu conselho é: FAÇA recurso!!! Seja contratando um especialista, seja por
conta própria. Só não se arrependa de ficar fora do concurso dos seus sonhos
por não ter ao menos tentado melhorar a sua nota.
Boa Sorte!
Professor: Bruno
Marques