Análise da prova
Futuro TEFC,
Essa prova de Técnico do TCU foi bem interessante. O CESPE inovou na
forma de cobrar algumas matérias, e trouxe algumas questões difíceis!
Entretanto, em resumo, a prova não estava difícil!
Ressalta-se que
a questão 2 e a peça técnica foram objetos de discursivas no
nosso simulado (ambas no Simulado 5)!
E sobre suprimento de fundos, também tratamos no email
“Dúvida sobre retenções” encaminhado no sábado, véspera
da prova! Quem leu os artigos 45 a 47 do Decreto nº 93.872/86, que citei no email, se deu bem!!!
A proposta de divisão da prova, que constava na planilha “Edital
Estruturado”, disponibilizada no site do Mundo dos Resultados, também
apresentava quase a mesma estrutura da prova. Errei por pouco!rsrs
Ademais, seguem as minhas considerações a respeito de cada matéria da
prova.
Conhecimento Básico
A prova de Português estava mais difícil
que o normal. Em provas para cargos de nível médio, o Cespe
costuma cobrar mais questões de gramática e redação oficial, e menos de
interpretação de texto. Nessa prova, entretanto, foi diferente. O Cespe cobrou 13 itens de gramática, 9
de interpretação de texto e nenhum item de Redação Oficial. Foram no total 22 itens. Quase 50% da prova de conhecimento básico.
As questões de gramática estavam fáceis, mas exigiam um pouco de atenção.
Já as de interpretação de texto estavam nível médio para difícil. Aqueles que
fizeram bastantes provas anteriores têm tudo para obter um bom desempenho.
Na prova de Direito
Constitucional, o CESPE tirou muito a mão. Estava muito tranquila. 10 itens de
graça! A matéria mais difícil, que era a parte de orçamento, não foi nem
cobrada. Quem fez os desafios e leu a CF/88 estava bem preparado. Só espero que
a Banca não invente novas interpretações malucas na divulgação do gabarito.
A prova de Informática estava bem
distribuída. Umas 4 questões médias/difíceis e o
restante dava pra fazer. Não precisava saber de nada muito técnico, todavia
cobrava o uso prático de algumas funções básicas do computador, que só quem já
mexeu poderia responder.
Em Atualidades, o CESPE viajou geral. Ainda bem que foram poucos itens, apenas 8. Cobrou 3 assuntos: Crise da Grécia/ União Europeia; Casamento entre pessoas do mesmo gênero e Relações Internacionais. Procurei no material de atualidade em pdf e não achei a resposta de nenhuma questão. Então mesmo que tivesse estudado tudo, a chance de saber todos os itens era muito pequena. Metade dos itens poderiam ser respondidos com interpretação de texto e lógica. A outra metade eram assuntos muito específicos. E isso não vai fazer diferença na sua prova, pois quase ninguém sabia! Era preciso ser vidente para acertar o que estudar. A melhor estratégia era fazer as que sabia e deixar em branco ou chutar (usando o bom senso) as questões que não sabia.
Questão Discursiva 1
De fato, o tema de atualidade pegou todo mundo de surpresa. Mas, por
sorte, não era um assunto muito difícil de escrever. Além disso, o próprio
texto motivador já contextualizava bem o conteúdo.
Tenho receio da proposta de espelho de correção das discursivas
elaborado pelo CESPE. Como as questões eram bem abertas e o assunto bem
genérico, corrigir objetivamente à questão deve ser complicado. Terça-feira saberemos o que a Banca quer, e poderemos
adequar a proposta de espelho apresentada com a resposta que você fez na sua
discursiva, por meio de recursos.
Questão Discursiva 2
Estava de graça. Fizemos uma discursiva bem parecida no simulado 5. O assunto era batido. Acredito que, quem fez o Programa
de Estudo Intensivo, terá uma nota muito boa!
Apenas um aspecto importante é que ele pediu a função de cada um
dos instrumentos de fiscalização, e não apenas o conceito. Isso demandava uma
fundamentação melhor sobre cada um dos itens, principalmente a respeito da
auditoria (que valia mais ponto). Mas, tirando isso, estava tranquila.
Conhecimento Básico
A prova de Direito
Administrativo não estava difícil. A banca cobrou questões comuns. O problema é que não
abordou todo o conteúdo do edital. Fixou-se apenas em ato administrativo e
Licitação, apenas! Quem leu a lei
9.784/99, a Lei 8.666/93 e a Lei 10.520/02, gabaritaria fácil!
A parte de Execução Financeira
e Orçamentária estava de médio para difícil. Quem não leu o MCASP e não fez a revisão
detalhada da LRF com certeza teve muita dificuldade. Mas a prova estava boa e com uma distribuição
boa das matérias. Cobrou de tudo um pouco!
Controle externo, assim como na
prova de Técnico de 2012, veio cobrando assuntos bem específicos. Quem não leu
a LOTCU e a parte de processos em geral (principalmente recursos) do RITCU deve
ter ficado perdido igual “pinto no lixo”. Mas quem leu, foi bem! Classificaria
como de fácil para médio
A surpresa da prova foi a matéria de Noções de Administração, os assuntos do edital foram quase todos abordados. Em geral as questões não estavam muito difíceis, mas o CESPE mais uma vez apelou para a subjetividade em alguns itens. Isso faz com que candidatos preparados acabem errando. Normal, não há como ter acesso a toda a doutrina utilizada pela banca nesta matéria, a qual é muito vasta! Uma nota de 60% líquido já seria mais que excelente aqui! O candidato que se preocupou em acertar os itens fáceis e médios se saiu bem. Além disso, a banca deixou alguns itens muito longos. Como estavam no final na prova, o objetivo era descartar os candidatos que já estavam cansados e não se preparam adequadamente para os dois turnos. Quem adotou as estratégias para manter o nível de concentração alto e estudou o assunto saiu com vantagem.
Peça técnica
(Suprimento de Fundos)
Peça bem complexa. Cobrando um assunto relativamente fácil, mas de um
modo bem prático, o que dificulta um pouco a vida do candidato. Além disso, a
banca apresentou 5 tópicos para uma questão de apenas
30 linhas. Montar a estrutura de resposta talvez tenha sido o principal
desafio. Era preciso aplicar bem a técnica de elaboração das questões
discursivas.
RESUMO
Fazendo uma análise geral, a prova está num nível entre fácil/médio.
Considerando que é uma prova do TCU e o nível da concorrência, aposto numa nota de corte de 75% para quem está
dentro das vagas e 65% para ficar entre os 200 primeiros.
O ponto positivo é que muito dos primeiros colocados também vão fazer a
prova de auditor e tem grandes chances de passar. Isso fará com que chamem bem
mais gente que o quantitativo de vagas inicialmente previsto.
Bons Estudos!!!
Bruno Marques
Técnico do TCU 2015 - Pós Prova - Planilha de correção e Recursoss